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terça, 25 outubro 2011 00:10

Atelier de Expressão Plástica

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    O atelier de expressão plástica propõe-se como um espaço de abertura e estimulação da criatividade de todos os seus frequentadores. É incentivada a livre expressão pela pintura, pelo desenho ou pela escultura, assim como o desenvolvimento de competências artísticas, não sendo, porém, requerida qualquer aptidão “especial” para a arte. Pelo contrário, todos serão convidados a experimentarem espontaneamente as suas aptidões, que tanto poderão estar despertas como esquecidas, e criarem as suas próprias visões do mundo, seguindo os seus padrões estéticos mais intuitivos. De facto, coloca-se sempre a tónica mais no crescimento pessoal do que no aprofundamento do talento, já que este atelier não se insere no âmbito da educação artística formal. Visa-se pois que os seus frequentadores descubram (ou redescubram) o prazer da criação sem que estejam sob o jugo de uma avaliação exterior e rígida, ainda que a auto-avaliação dos trabalhos realizados seja inevitável e funcione mesmo como um catalisador da vontade e do gesto criativo.

    A experiência estética é transformadora, tendo nós capacidade de dar às nossas vivências um significado mais pessoal. Ao pintarmos um quadro, por exemplo, escolhemos um pedaço do mundo subjectivo que faz sentido para nós reter e reconfiguramo-lo de maneira a que transmita uma mensagem significativa e que se fixa dentro dos limites desse quadro, numa imagem mais duradoura que as múltiplas imagens que captamos continuamente como fotogramas demasiado céleres. São criadas pinturas ou objectos que permanecem para lá do momento da sua execução, sendo que há no ser humano o desejo de construir algo que subsista para além da sua mortalidade, o desejo de deixar uma obra. Quando alguém constrói um objecto pensa na sua durabilidade e na possibilidade que o objecto tem de remanescer, e, neste sentido, este tem um significado para além da vivência da criação. No caso das artes plásticas, há um trabalho que permite, citando Ciornai (2004), “concretamente perceber o que está ali, palpável, diante de nossos olhos”, sendo que “a qualidade de concretude pode ajudar a tocar o que por vezes parece intocável, a limitar e a controlar o que é sentido como devastador”.

 

Ler 33 vezes Modificado em quinta, 24 novembro 2011 22:19
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